Mercado do alumínio: ABAL consolida dados do 1º trimestre/22

Como em muitos outros setores, o mercado do alumínio no Brasil também vem sofrendo com oscilações. Isso acontece principalmente pelo cenário pós-pandêmico que estamos vivendo e a recuperação da economia.

Esse tipo de material está presente em diversos outros setores, como transporte, embalagens, eletricidade e muitos outros. A grande variedade de funções torna a análise mais complexa, afinal ela é influenciada por diferentes fatores.

No segundo trimestre de 2022 o mercado do alumínio apresentou o pior desempenho dos últimos 8 trimestres. Isso quer dizer que mesmo em um momento mais expansivo da economia esse setor ainda vem sofrendo.

A maior queda aconteceu nos setores de eletricidade e bens de consumo, que são áreas relacionadas com o consumidor. Em contrapartida, os setores de construção e transporte apresentaram aumento, mesmo que pequeno.

Esta comparação acima relacionada compara o primeiro semestre de 2022 com o mesmo período de 2021. Ainda assim, a expectativa é positiva, inclusive com crescimento na visão geral do ano.

Dados sobre consumo de extrudados de alumínio

O extrudado de alumínio é um dos subprodutos do metal mais utilizados no setor da construção civil. E a queda no seu consumo pode ser explicada pelo momento de instabilidade que a construção vem passando.

Não apenas a construção de novos empreendimentos vem caindo, como as reformas em casas e prédios. Diante desses dados podemos entender o porquê da queda de 11,3% que os extrudados apresentaram em comparação com o mesmo período do ano passado.

Analisando os dados apresentados pela ABAL notamos que o crescimento está acontecendo. Na comparação com dados do primeiro semestre do ano passado, a construção civil obteve um crescimento de 2,5%.

Esse crescimento é justamente o indicativo de que o cenário vem mudando e podemos manter uma visão otimista para o restante do ano.

Motivos para a queda no mercado do alumínio

Diversos fatores interferem no mercado do alumínio e precisamos entender estas influências para criar a projeção dos próximos semestres.

O principal fator que causou queda tão significativa no consumo de alumínio é o aumento nos preços. Tanto pela queda na produção do material ao longo do período de pandemia quanto pelo cenário exterior.

Ainda existe a alta da inflação e dos juros, que torna a concessão de crédito mais difícil e não positiva.

A comparação do consumo de alumínio com o ano de 2021 também não é tão fidedigna, pois estamos falando de um período atípico. Durante a pandemia houve um aumento na compra de produtos domésticos, utensílios e até mesmo bicicletas.

A maioria desses produtos é fabricada com alumínio, o que interfere diretamente na resposta do mercado do alumínio. Por isso, também podemos ver uma queda nesta comparação, já que essa fase se encerrou.

Diante de tudo que vemos e a comparação dos períodos, seria normal imaginar que o ano de 2022 encerraria com queda. Porém, a expectativa é de que haja um crescimento no segundo semestre e o ano feche ainda com aumento no mercado do alumínio.

 

Posted in:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *