Recentemente, uma forte alta no preço do alumínio vem surpreendendo os consumidores e, por isso, tem havido queda nas vendas do produto. Segundo relatório divulgado pelo banco alemão Commerzbank, em 3 de maio, a tendência não é de queda nos preços do mercado de metais como um todo até o final de 2018.
Preço do alumínio dispara
O preço do alumínio disparou em meados do mês de abril e terminou o mês com alta de quase 10%. O motivo da alta não foi a relação de oferta e demanda, mas sim, dos temores de investidores quanto à falta do metal por conta das sanções dos Estados Unidos à Rusal, da Rússia, segundo maior produtor de alumínio do mundo.
De acordo com o Commerzbank, a China garante, ao menos por enquanto, que as necessidades mundiais de alumínio estejam bem supridas. A previsão da instituição é de que o preço do alumínio em 2018, atualmente em US$ 2.350 por tonelada, mantenha esta media, pelo menos, até o último trimestre de 2018.
Cenário Nacional do alumínio
Já no âmbito nacional, a produção de aluminio primário sofreu impacto em virtude de problemas ambientais relacionados aos vazamentos de dejetos químicos em uma planta no estado do Pará, reduzindo a produção e causando impacto na oferta de produção local.
A desvalorização da moeda norte americana frente ao real devido a fatores político-econômicos, trouxe para a realidade brasileira uma inflação ainda maior nos preços de produtos semimanufaturados em aluminio, já que são indexados pelo dólar.
Custos de produção locais também foram impactados em virtude de maior valorização do barril de petróleo e aumentos de parâmetros do lingote no mercado americano, o tão falado Midwest. Tais situações, trouxeram aos compradores locais de produtos de aluminio, um aumento dos prêmios praticados em matérias primas de aluminio, fazendo com que os preços de produtos derivativos sofressem uma alta de mais de 17% neste curto período de 2 meses.