Extrudados têm queda, mas mantêm participação no mercado

O Anuário Estatístico 2022, publicado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), aponta queda de 7,8% no consumo doméstico de extrudados. Porém, a categoria manteve a 2ª colocação de demanda dentre os produtos transformados de alumínio, alcançando 226,6 mil toneladas.

Segundo o editorial da publicação, o consumo doméstico de produtos transformados registrou um recuo de 3,6% em 2022. Porém, destaca que “os últimos dois anos oferecem uma base de comparação atípica. Em 2021, o país registrou crescimento recorde de 10,9%, equivalente a 1.583,9 mil toneladas, como resultado direto da normalização das atividades.”

consumo doméstico de extrudados

Portanto, é constatado que o desempenho do setor vem mantendo sua curva de crescimento de forma consistente com o período pré-pandêmico, ainda de acordo com a ABAL.

Analisando os principais produtos, os destaques positivos ficam para o crescimento do mercado de fundidos (26,4%), pó de alumínio (14,1%) e folhas (2,5%). Já esses apresentaram desempenho negativo ao longo de 2022: chapas (-6,4%), extrudados (-7,8%), cabos (-14,4%) e destrutivos (-5,6%).

Construção civil é destaque no consumo de extrudados

Na análise por mercado consumidor, percebe-se que setor de Construção Civil foi um dos maiores responsáveis pelo desempenho negativo dos extrudados. Ele registrou queda de 3,5% em 2022 ante 2021. Esse resultado é “reflexo da diluição dos auxílios emergenciais e do aumento da inflação e da taxa de juros, aspectos que dificultam o acesso ao crédito”, de acordo com o relatório da ABAL.

Contudo, o setor da Construção Civil é que mais consume produtos extrudados no Brasil. Em 2022, seu consumo foi de 109 mil toneladas, o que representa quase metade do total.

Demanda doméstica de extrudados é maior que volume produzido

O Brasil importou mais de 17 mil toneladas de extrudados em 2022. Isso se deve ao déficit entre a demanda nacional e a produção doméstica. O volume produzido foi de 215,1 mil toneladas, inferior ao consumo doméstico registrado, de 226,6 mil toneladas.

Dos países fornecedores do Brasil, a China é a que tem maior participação nas vendas (11.199,5 mil toneladas), ou seja, 64% do total.

Sobre o Anuário Estatístico ABAL 2022

O Anuário Estatístico ABAL 2022 proporciona uma visão abrangente da indústria do alumínio tanto em nível nacional quanto internacional. Este compêndio disponibiliza estatísticas relativas ao Brasil que englobam o fornecimento e consumo de bauxita, alumina, alumínio primário e seus produtos manufaturados.

Além disso, a publicação oferece análises minuciosas abordando tópicos como importações e exportações, produção e consumo global de alumínio, práticas de reciclagem, bem como questões cruciais relacionadas à segurança ocupacional. Essa abordagem abrangente torna o anuário uma fonte essencial de informações para profissionais e interessados no setor.

A Hyspex Tecnologia em Alumínio é uma empresa assinante desse relatório e, anualmente, compila seus dados para produção de conteúdo informativo. Para mais informações, consulte nossa equipe.

 

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